terça-feira, 1 de setembro de 2009

Congo precisa de ajuda , não de abortos

República Democrática do Congo precisa de ajuda, não de abortos
Assegura uma representante de Ajuda à Igreja que Sofre

KINSHASA, segunda-feira, 24 de agosto de 2009 (
ZENIT.org).- A população afetada pelos conflitos no leste da República Democrática do Congo precisa de promoção do respeito à vida humana, educação, apoio para favorecer a auto-estima, acompanhamento e esperança.
É o que afirma a chefe da seção africana de Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), Christine du Coudray, que explica que praticamente só a Igreja oferece uma ajuda comprometida com uma autêntica “cultura da vida” na região.
“Muitas ONGs crêem que ajudam oferecendo às mulheres aborto, pílulas do dia seguinte e anticoncepcionais, mas os africanos veem estas ideias como alheias a isso”, afirma.
“Eles compreendem que por princípio isto não é uma cultura da vida, mas, pelo contrário, uma cultura da morte”, acrescenta.
Ajuda à Igreja que Sofre considera que no leste da República Democrática do Congo, onde durante décadas a dignidade humana foi pisoteada, “o que importa é ajudar as pessoas a encontrar cura para sua alma e recuperar seu sentido de auto-estima e a dignidade interior.
Ali, os rebeldes destruíram o povo não apenas fisicamente, mas pisoteando suas almas no mais profundo.
Dezenas de mulheres foram estupradas, algumas diante de seus maridos e filhos, numerosas jovens foram sequestradas e convertidas em escravas sexuais, crianças foram usadas como soldados na selva, mães presenciaram obrigadas os assassinatos de seus filhos.
“Como as mulheres, homens e crianças foram vítimas de tais horrores inimagináveis, é necessário agora a cura da pessoa”, reconhece AIS.
“As famílias traumatizadas precisam ser apoiadas e ajudadas para que juntas possam construir um futuro melhor, de mais paz e mais amor”.
Uma das organizações que trabalha por este objetivo é a Federação Africana de Ação Familiar, na qual médicos, teólogos, sacerdotes, religiosas e agentes de pastoral leigos estão atuando para construir famílias sãs e pela defesa da vida humana.
Esforçam-se por oferecer soluções nas quais se reafirma a vida e a família, que refletem uma perspectiva cultural africana e evitam modelos ocidentais que muitos africanos veem como próprios de uma “cultura da morte”.
Um dos programas dessa Federação é o que realiza a arquidiocese de Bukavu para ajudar as famílias a viver em união no amor, melhorar a atenção médica, sobretudo a mulheres grávidas, e proporcionar apoio espiritual.
As ordens religiosas ajudam os afetados pela violência no Congo comprometendo inclusive suas vidas, segundo explica a superiora das Irmãs Ursulinas, Irmã Espérance Hamuli.
“Queremos resgatar os jovens que estão em perigo de desaparecer, e queremos gritar ainda mais forte em nome daqueles que não têm voz –destaca, para que nossa gente saiba que há uma vida além da violência”.

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