sexta-feira, 29 de outubro de 2010

DEPOIS DO QUE O PAPA DISSE, VOCÊ AINDA VAI VOTAR NO PT?

Hoje, às 11 horas, em Roma, o Papa Bento XVI, recebendo a visita "ad limina apostolorum" dos Bispos do Regional Nordeste 5, manifestou claramente sua preocupação pelo silêncio dos Bispos diante de uma eventual vitória abortista nestas eleições presidenciais.

Segundo ele, "quando (...) os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76)".
E ainda: "Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74)".

Parece que o Santo Padre está ciente do desejo do PT de liberar o aborto no Brasil.
A intenção de Dima Rousseff de descriminalizar o aborto se encontra abertamente na sua entrevista à Folha de São Paulo, à revista Marie Claire e aos editores da Isto É.
Encontra-se veladamente em todas as inúmeras vezes em que se refere ao aborto como "questão de saúde pública", sem incluir o nascituro como titular do direito à saúde.
Como candidata do Partido dos Trabalhadores, ela assinou o Compromisso do Candidato Petista, um documento no qual afirma que está "de acordo com as normas e resoluções do Partido, em relação tanto à campanha como ao exercício do mandato” (Estatuto do PT, art. 128, §1º). Entre as resoluções que Dilma se comprometeu a acatar está uma denominada “Por um Brasil de mulheres e homens livres e iguais”, aprovada no 3º Congresso Nacional do PT (agosto/setembro de 2007), que inclui a “defesa da autodeterminação das mulheres, da descriminalização do aborto e regulamentação do atendimento a todos os casos no serviço público”. Diante de todos esses fatos, é cômico que ela apareça, neste segundo turno, assinando uma carta dizendo-se "pessoalmente contra o aborto". E ainda há quem dê algum valor a essa "mensagem da Dilma"!

A frase seguinte, tirada do discurso de hoje, parece ser endereçada aos Bispos que não ousam advertir o povo sobre o PT, temendo uma represália como a sofrida por Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, o herói da Diocese de Guarulhos:
"Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo»".

O Papa parece estar ainda ciente da proximidade do segundo turno das eleições. Ele fala que "em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75)".

Ele ainda demonstra conhecer o desejo do presidente Lula e então Ministra Dilma Rousseff de retirar os símbolos religiosos das repartições públicas, conforme decreto assinado por ambos em dezembro de 2009, que aprovou o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos: "Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história".

Os Bispos aos quais o Papa dirigiu seu severo discurso pertencem todos ao Nordeste, o maior reduto eleitoral petista. Curiosamente, o único Bispo citado nominalmente foi Dom Xavier Gilles, Bispo Emérito de Viana (MA). Justamente ele foi um dos que assinaram um manifesto dando apoio explícito à candidatura de Dilma Rousseff!


Depois dessa chamada de atenção tão grave feita pelo Vigário de Cristo, pode ainda algum cristão votar no PT?



O texto integral do discurso do Papa encontra-se em http://press.catholica.va/news_services/bulletin/news/26281.php?index=26281&lang=po

Amados Irmãos no Episcopado,

«Para vós, graça e paz da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo» (2 Cor 1, 2). Desejo antes de mais nada agradecer a Deus pelo vosso zelo e dedicação a Cristo e à sua Igreja que cresce no Regional Nordeste 5. Lendo os vossos relatórios, pude dar-me conta dos problemas de caráter religioso e pastoral, além de humano e social, com que deveis medir-vos diariamente. O quadro geral tem as suas sombras, mas tem também sinais de esperança, como Dom Xavier Gilles acaba de referir na saudação que me dirigiu, dando livre curso aos sentimentos de todos vós e do vosso povo.

Como sabeis, nos sucessivos encontros com os diversos Regionais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, tenho sublinhado diferentes âmbitos e respectivos agentes do multiforme serviço evangelizador e pastoral da Igreja na vossa grande Nação; hoje, gostaria de falar-vos de como a Igreja, na sua missão de fecundar e fermentar a sociedade humana com o Evangelho, ensina ao homem a sua dignidade de filho de Deus e a sua vocação à união com todos os homens, das quais decorrem as exigências da justiça e da paz social, conforme à sabedoria divina.

Entretanto, o dever imediato de trabalhar por uma ordem social justa é próprio dos fiéis leigos, que, como cidadãos livres e responsáveis, se empenham em contribuir para a reta configuração da vida social, no respeito da sua legítima autonomia e da ordem moral natural (cf. Deus caritas est, 29). O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas (cf. GS, 76).

Ao formular esses juízos, os pastores devem levar em conta o valor absoluto daqueles preceitos morais negativos que declaram moralmente inaceitável a escolha de uma determinada ação intrinsecamente má e incompatível com a dignidade da pessoa; tal escolha não pode ser resgatada pela bondade de qualquer fim, intenção, conseqüência ou circunstância. Portanto, seria totalmente falsa e ilusória qualquer defesa dos direitos humanos políticos, econômicos e sociais que não compreendesse a enérgica defesa do direito à vida desde a concepção até à morte natural (cf. Christifideles laici, 38). Além disso no quadro do empenho pelos mais fracos e os mais indefesos, quem é mais inerme que um nascituro ou um doente em estado vegetativo ou terminal? Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático – que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana – é atraiçoado nas suas bases (cf. Evangelium vitæ, 74). Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo» (ibidem, 82).

Além disso, para melhor ajudar os leigos a viverem o seu empenho cristão e sócio-político de um modo unitário e coerente, é «necessária — como vos disse em Aparecida — uma catequese social e uma adequada formação na doutrina social da Igreja, sendo muito útil para isso o "Compêndio da Doutrina Social da Igreja"» (Discurso inaugural da V Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, 3). Isto significa também que em determinadas ocasiões, os pastores devem mesmo lembrar a todos os cidadãos o direito, que é também um dever, de usar livremente o próprio voto para a promoção do bem comum (cf. GS, 75).

Neste ponto, política e fé se tocam. A fé tem, sem dúvida, a sua natureza específica de encontro com o Deus vivo que abre novos horizontes muito para além do âmbito próprio da razão. «Com efeito, sem a correção oferecida pela religião até a razão pode tornar-se vítima de ambigüidades, como acontece quando ela é manipulada pela ideologia, ou então aplicada de uma maneira parcial, sem ter em consideração plenamente a dignidade da pessoa humana» (Viagem Apostólica ao Reino Unido, Encontro com as autoridades civis, 17-IX-2010).

Só respeitando, promovendo e ensinando incansavelmente a natureza transcendente da pessoa humana é que uma sociedade pode ser construída. Assim, Deus deve «encontrar lugar também na esfera pública, nomeadamente nas dimensões cultural, social, econômica e particularmente política» (Caritas in veritate, 56). Por isso, amados Irmãos, uno a minha voz à vossa num vivo apelo a favor da educação religiosa, e mais concretamente do ensino confessional e plural da religião, na escola pública do Estado.

Queria ainda recordar que a presença de símbolos religiosos na vida pública é ao mesmo tempo lembrança da transcendência do homem e garantia do seu respeito. Eles têm um valor particular, no caso do Brasil, em que a religião católica é parte integral da sua história. Como não pensar neste momento na imagem de Jesus Cristo com os braços estendidos sobre a baía da Guanabara que representa a hospitalidade e o amor com que o Brasil sempre soube abrir seus braços a homens e mulheres perseguidos e necessitados provenientes de todo o mundo? Foi nessa presença de Jesus na vida brasileira, que eles se integraram harmonicamente na sociedade, contribuindo ao enriquecimento da cultura, ao crescimento econômico e ao espírito de solidariedade e liberdade.

Amados Irmãos, confio à Mãe de Deus e nossa, invocada no Brasil sob o título de Nossa Senhora Aparecida, estes anseios da Igreja Católica na Terra de Santa Cruz e de todos os homens de boa vontade em defesa dos valores da vida humana e da sua transcendência, junto com as alegrias e esperanças, as tristezas e angústias dos homens e mulheres da província eclesiástica do Maranhão. A todos coloco sob a Sua materna proteção, e a vós e ao vosso povo concedo a minha Benção Apostólica.

--
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Telefax: 55+62+3321-0900
Caixa Postal 456
75024-970 Anápolis GO
http://www.providaanapolis.org.br
"Coração Imaculado de M

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ameaças de morte feitas por petistas a bispos brasileiros

Vaticano repercute ameaças de morte feitas por petistas a bispos brasileiros

Vaticano repercute ameaças de morte feitas por petistas a bispos brasileiros
26.10.2010 - 3:54am | Seção: Política


Caso de polícia -

Quando o governo do presidente Luiz Inácio da Silva divulgou a polêmica terceira edição do Programa Nacional de Direito Humanos (PNDH-3), estava explícito no documento o desejo palaciano de legalização do aborto. Meses antes, durante entrevista concedida a veículos da imprensa nacional, a candidata Dilma Rousseff disse que nenhuma mulher é favorável ao tema, mas que a legalização do aborto é uma necessidade de governo.

O assunto transformou-se na maior polêmica da atual corrida presidencial, o que obrigou Dilma a optar pela contradição. Enfrentando a resistência do eleitorado católico e evangélico, a candidata petista passou a ter uma postura dúbia. Longe de expor sua religiosidade e sem afirmar que é contra a legalização do aborto, Dilma passou a dizer, de uma hora para outra, que é de família católica e a favor da vida. E de quebra incorporou à sua fala a expressão “graças a Deus”, o que tem soado como falso.

Preocupados com a repercussão negativa que o caso teve no primeiro turno das eleições, o PT e o staff da campanha de Dilma Rousseff armaram uma operação, a partir de uma falsa denúncia, de que panfletos contra Dilma estavam sendo impressos em uma gráfica da capital paulista. O material, encomendado pela diocese de Guarulhos, na Grande São Paulo, tinha procedência e era de conhecimento da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB.

A partir de então, Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, bispo de Guarulhos, passou a ser alvo de ameaças de morte feitas por simpatizantes do PT. Responsável direto pelo serviço executado pela gráfica paulistana e apreendido pela Polícia Federal, o religioso defende o voto em candidatos contrários à legalização do aborto.

O imbróglio capitaneado pelo PT e pela campanha de Dilma Rousseff chegou à Santa Sé e foi noticiado pela Rádio Vaticana, que informou aos ouvintes que “infelizmente não se trata de um caso isolado” De acordo com a agência vaticana Fides, “receberam ameaças explícitas também o bispo de Lorena, Dom Benedito Beni dos Santos, e o bispo de Santo André e presidente da Regional Sul 1, Dom Nelson Westrupp”.

Em recente entrevista coletiva concedida na sede da CNBB, em Brasília, o presidente da entidade, Dom Geraldo Lyrio Rocha, que considera positiva a atual discussão sobre o aborto, disse que a ação do bispo de Guarulhos está “dentro da normalidade”.

Obcecados por fazer de Dilma Rousseff a sucessora de Luiz Inácio da Silva, os petistas erram ao tentar impor o seu desejo à força, o que mostra que o Brasil caminha a passos extremamente largos na direção de uma ditadura civil, como bem destacou Hélio Bicudo, ex-fundador do PT.

Tinha 8 meses de gravidez e autoridades chinesas a obrigaram a abortar

Tinha oito meses de gravidez e autoridades chinesas a obrigaram a abortar
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www.espacojames.com.br Artigo n.º 6502
Publicado em: 26/10/10 às 08:42:18
LONDRES, 25 Out. 10 / 05:29 pm (ACI).- O jornal Daily Mail informou que na China doze policiais pagaram uma briga de golpes contra uma mulher grávida de oito meses, levaram-na a um hospital e praticaram um aborto forçoso como parte da polêmica política populacional de um único filho por família que já cumpriu 30 anos de vigência.

Segundo o jornal inglês, o caso ocorreu perto da cidade de Xiamen um mês depois que o governo de Beijing tenha anunciado que não modificará suas leis de planejamento familiar a curto prazo.

A cidadã Xiao Aiying de 36 anos de idade recebeu repetidos golpes no ventre e foi transladada ao hospital onde os médicos injetaram nela uma substância abortiva.

O pai do bebê, Luo Yanquan, um operário de construção, denunciou que os agentes "a agarraram pelas mãos e golpearam sua cabeça contra uma parede. Logo a atiraram no chão e chutaram o seu ventre".

"Nossa filha de 10 anos estava encantada com a idéia de ter um irmãozinho ou irmãzinha. Não sei como explicaremos a ela o que ocorreu", acrescentou.

Em 25 de setembro de 1980 uma circular da Partido Comunista da China ordenou oficialmente aos seus membros e aos da Liga da Juventude Comunista que tivessem só um filho, uma norma que depois se aplicaria a toda a população. A aplicação da norma prevê abortos forçosos, multas e até cárcere para quem tenha mais de um filho.

Fonte: http://acidigital.com/noticia.php?id=20415

domingo, 24 de outubro de 2010

PT declara Guerra a Igreja Católica

PT declara guerra à Igreja Católica



(Por Pe. Luiz Carlos Lodi – Blog Não Matarás) – O sítio petista “Onda vermelha: PT + 20 anos no poder” declarou guerra explícita à Igreja Católica. O título do artigo postado em 18 de outubro de 2010 é “A Igreja é contra o PT, vamos combatê-la“. Ele faz louvores ao companheiro Hugo Chávez, que controla a Igreja na Venezuela e prossegue dizendo:

O PT já está processando a Diocese de Guarulhos (SP) por conta da tentativa de interferir no processo eleitoral, mandando imprimir panfletos que denigrem nosso partido e nossa candidata. Não podemos permitir esse tipo de abuso, e faremos o combate de todas as maneiras possíveis. Precisamos continuar pressionando o comando do partido, dito moderado, para que continue defendendo os valores que historicamente são bandeiras do PT.

A perseguição religiosa em Guarulhos lembra a dos primeiros cristãos pelo Império Romano. Uma milícia de petistas, por sua própria conta, resolveu intimidar e constranger o dono de uma gráfica pelo simples fato de ter aceitado imprimir o panfleto “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras“, elaborado pela Comissão de Defesa da Vida do Regional Sul 1 e aprovado pela Comissão Regional Representativa do Conselho Episcopal Sul 1 da CNBB, com a assinatura de Dom Nelson Westrupp (presidente), Dom Benedito Beni dos Santos (vice-presidente) e Dom Airton José dos Santos (secretário geral). Os militantes abordaram o pobre homem, crivaram-no de perguntas, trataram-no como se fosse um criminoso apanhado em flagrante, pediram-lhe documentos e informações, num ato típico de constrangimento ilegal. A perseguição, que evoca a KGB soviética ou a Gestapo nazista, é exibida com orgulho por um vídeo produzido pela “TV PT”:



Os petistas tem razão de temer a publicação do “Apelo”. Ele contém fatos (contra os quais não há argumentos) que comprovam o nexo indissolúvel entre o PT e a causa abortista, assim como a radical incompatibilidade entre esse partido e a causa pró-vida. Na impossibilidade de negar os fatos, resta apelar para a violência. Foi o que que eles fizeram. O panfleto é legítimo, de modo algum é apócrifo (traz a assinatura de três Bispos) e não pode ser classificado como “propaganda eleitoral”. É uma advertência moral aos católicos, feita em um momento eleitoral. Os Bispos não têm culpa pelo fato de o PT estar tão intimamente ligado a um atentado direto à vida inocente. De qualquer forma, a Igreja não pode calar-se diante de quem quer que defenda o aborto, seja o PT, seja outro partido ou candidato. A legitimidade do panfleto e a ordem de prosseguir com sua distribuição é esclarecida e assegurada pelo Bispo de Lorena Dom Benedito Beni dos Santos:



Eis a transcrição de sua belíssima fala:

Sou Dom Benedito Beni dos Santos, Bispo de Lorena. Estou gravando esta mensagem no dia 18 de outubro do presente ano.

A Igreja no Brasil há décadas vem lutando em prol da defesa da família e do respeito a seus direitos. A mobilização contra a descriminalização e a legalização do aborto faz parte dessa luta.

A questão do aborto tornou-se tema importante na campanha política em preparação para as eleições deste ano, primeiro e segundo turno.

Além da CNBB nacional, Assembléia e Presidência, os Bispos do Estado de São Paulo chamaram a atenção sobre a importância do tema do aborto como parte da discussão em preparação para as eleições. Na Assembléia Ordinária do Episcopado Paulista, realizada entre os dias 29 e 30 de junho e 1º julho deste ano, aprovaram uma espécie de Dez Mandamentos para VOTAR BEM.

O terceiro mandamento diz o seguinte:

“Veja se os candidatos e seus partidos estão comprometidos com o respeito pleno pela vida humana desde a concepção até a morte natural”.

No dia 26 de agosto deste ano, a Comissão Episcopal Representativa do Conselho Episcopal Sul 1 da CNBB (Estado de São Paulo) emitiu uma nota em favor do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”, elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1. Eis o teor da nota:

“A Presidência e a Comissão Representativa dos Bispos do Regional Sul 1 da CNBB, em sua Reunião ordinária, tendo já dado orientações e critérios claros para “VOTAR BEM”, acolhem e recomendam a ampla difusão do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1”.

Assinam a nota Dom Nelson Westrupp (presidente), Dom Benedito Beni dos Santos (vice-presidente), Dom Airton José dos Santos (secretário geral).

O “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”, cuja difusão ampla é recomendada pelos Bispos, cita fatos concretos em que o governo brasileiro e o Partido dos Trabalhadores propõem a descriminalização e a legalização do aborto durante todos os nove meses da gravidez. Trata-se do substitutivo do PL 1135/91 apresentado pelo atual governo em 2005 e ainda tramitando no Congresso. O “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” termina deste modo: “RECOMENDAMOS encarecidamente a todos os cidadãos e cidadãs brasileiros e brasileiras, [...] deem seu voto somente a candidatos ou candidatas e partidos contrários à descriminalizacão do aborto”.

Portanto, o “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS” elaborado pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul 1, é um texto legítimo e não falso. Contém fatos e não boatos. É expressão legítima da cidadania democrática.

Os Bispos do Estado de São Paulo, reunidos em Assembléia das Igrejas, neste 16 de outubro, fizeram um alerta com respeito a folhetos que estão sendo distribuídos sem a aprovação da legítima autoridade diocesana. Este não é o caso do “APELO A TODOS OS BRASILEIROS E BRASILEIRAS”, elaborado em vista do primeiro e do segundo turno das eleições. Na Diocese de Lorena estes folhetos continuam sendo distribuídos nas 31 paróquias. Não se trata de interesse partidário ou ideológico, mas da defesa da vida através de instrumentos legítimos da expressão da cidadania e, portanto, de participação na promoção do bem comum da nação. As pessoas que estão divulgando o documento fizeram apenas o que nós, Bispos, lhes pedimos.

As informações do “APELO” são fatos amplamente documentados. Contra fatos, não há argumentos. Os fatos, pois, são a parte mais importante do “APELO”.

A sua divulgação é legítima. Esses fatos devem chegar ao conhecimento do povo e devem continuar a ser divulgados o mais amplamente possível.

Recomendo isso sobretudo à Diocese de Lorena, que presido.

(fim da transcrição)

EIS O PANFLETO QUE ATERRORIZOU O PT ( vide site providaanapolis)



PORQUE ESSE FOLHETO NÃO CARACTERIZA PROPAGANDA ELEITORAL

A Resolução 23191 do Tribunal Superior Eleitoral dispõe sobre a propaganda eleitoral e as condutas vedadas em campanha eleitoral. Segundo essa norma, a propaganda, qualquer que seja a sua forma ou modalidade, “mencionará sempre a legenda partidária” (art. 5º). Em se tratando de folhetos, eles devem ser editados “sob a responsabilidade do partido político, da coligação ou do candidato” (art. 13).
Ora, os Bispos não são candidatos nem constituem um partido político. Seriam eles obrigados a guardar silêncio se algum Partido, abusando da pluralidade de opinião, defendesse a confinação de deficientes em campos de concentração, como ocorreu na era nazista? E serão eles obrigados a ficar mudos quando um Partido oficialmente defende a descriminalização do aborto como algo obrigatório a ser acatado pelos seus candidatos?
A defesa da vida é uma questão moral, à qual os Bispos não se podem esquivar. Os católicos devem votar conscientes dos fatos amplamente expostos e documentados no “APELO”. Daí a necessidade da “ampla difusão” desse folheto.
Seria absurdo se a lei obrigasse os Bispos a divulgar tais afirmações apenas sob o patrocínio de um partido, coligação ou candidato. Aí sim, a Igreja se veria constrangida a ficar envolvida diretamente em campanha eleitoral, desnaturando o seu caráter de “católica”, isto é, universal.
Não constituindo propaganda eleitoral, o folheto é de distribuição livre. Não é anônimo (o que é proibido pela Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso IV), mas traz a assinatura de três Bispos.

“BEM-AVENTURADOS SOIS VÓS QUANDO VOS PERSEGUIREM…” (Mt 5,11)

Ao resolver perseguir os Bispos e demais fiéis que distribuem o “Apelo a todos os brasileiros e brasileiras”, o PT acabou cometendo o mesmo erro que cometeu Jandhira Feghali nas eleições de 2006. Naquela época, a candidata comunista (PC do B) ao Senado já se imaginava eleita e planejando o que faria como senadora. Apavorada com a distribuição de um folheto que informava sua atuação pró-aborto, ela recorreu ao TRE-RJ e acusou a Arquidiocese do Rio de Janeiro. Ele obteve que fiscais, no dia 21/09/2006, cumprindo um mandado de busca e apreensão, invadissem a Mitra Diocesana, inclusive o gabinete do Cardeal Dom Eusébio Scheid, em busca dos supostos panfletos. Nada foi encontrado, uma vez que a Arquidiocese não era autora da publicação. No dia 25/09/2006, o Cardeal recebeu uma intimação para guardar silêncio sobre qualquer “referência político-ideológica”. Essa liminar foi cassada no mesmo dia pelo colegiado do TRE. No dia 1º/10/2006, contrariando o que previam as pesquisas, Jandira obteve apenas 37,54% dos votos válidos e perdeu para seu adversário Francisco Dornelles (PP/RJ), que ficou com 45,86% dos votos válidos.

A perseguição sempre foi fonte de bênçãos para os cristãos. No presente momento, não se deve temer “os que matam o corpo, mas não podem matar a alma” (Mt 10,28). Quanto mais o PT perseguir a Igreja, mais contribuirá para o mérito dos cristãos. Ele estará assim forjando sua própria derrota.
Convém que a perseguição ocorra – como já está ocorrendo – agora, ou seja, antes do dia 31 de outubro. Ela serve para dar ao povo uma pequena amostra do totalitarismo que se pretende instalar no país com a vitória de Dilma.
Nossa principal arma, porém, continua sendo a oração confiante e perseverante.

Fonte: O Verbo / Pe. Luiz Carlos Lodi