quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Marcha pela VIda 2010

Vejam o link abaixo.
M A R A V I L H O S O !!!
Com a presença dos nossos Padres Marianos (em 2000 tive a graça de participar lá).

Que o nosso povo brasileiro faça algo agora, antes q tenhamos que correr atrás do prejuízo no futuro...

Pe. Silvio, MIC

here's a pretty cool music video that captures the heart of the 2010 March for Life.
it's worth the watch

http://www.youtube.com/watch?v=AWKL9E4u53k

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Mãe e bebê morrem no parto e recuperam a vida...

Neste Natal, um duplo milagre: em trabalho de parto, mãe e bebê morrem e recuperam a vida


O pequenino Coltyn Hermanstorfer
A jovem mãe, Tracy Hermanstorfer, de 33 anos, encontrava-se na maternidade do Hospital Memorial, em Colorado Springs (Estados Unidos), preparando-se para dar à luz na própria noite de Natal. Subitamente, ela começou a sentir-se sonolenta. Recostou-se então numa poltrona e perdeu todos os sinais vitais: cessaram os batimentos cardíacos e a pressão sangüínea, e ela deixou de respirar, sem que os médicos conseguissem diagnosticar a causa.

Mike Hermanstorfer, de 37 anos, marido de Tracy [foto acima], acompanhou toda essa agonia e ouviu dos médicos que o melhor a fazer naquele momento seria uma cesariana de emergência para salvar o bebê. Entretanto, uma segunda surpresa: o bebê veio à luz sem sinais de vida. “Senti que tudo o que eu tinha nesse mundo estava sendo tirado de mim”, lastimou Mike. Novos exames foram realizados. Enquanto uma equipe médica cuidava do bebê natimorto, outra equipe tentava reanimar a mãe, sem qualquer batimento cardíaco. Os médicos declararam mortos mãe e filho.

Mas eis uma terceira surpresa: o pai, após ter embalado o cadáver de seu pequenino filho, percebeu que os bracinhos do bebê começaram a se movimentar e que ele passou a respirar... Simultaneamente, sem nenhuma explicação natural, também a mãe começou a respirar. Ambos recuperaram a vida no mesmo momento!

Um milagre? Uma misteriosa ressurreição? Uma das médicas que se encontravam presentes no momento do parto, a Dra. Stephanie Martin, especialista em medicina materno-fetal, declarou numa entrevista ao Daily Mail: “Não há explicação, pois o coração dela parou e, alguns minutos depois, recuperou os batimentos. Fizemos uma investigação rigorosa e simplesmente não conseguimos entender o que aconteceu”.

Por sua vez, Mike declarou: “Eu e minha mulher temos fé em Deus. Mas mesmo uma pessoa que não acredite em milagres não terá argumentos para contestar o que aconteceu. Não houve explicação, é a mão de Deus”.

Tracy afirmou não se recordar de absolutamente nada do que aconteceu. Apenas lembrou-se de ter sido tomada por uma forte sonolência, de ter adormecido, e que quando acordou estava na sala de terapia intensiva. Disse que pretende, quando seu pequeno Coltyn crescer e tiver idade suficiente para entender o que sucedeu, contar-lhe tudo. “Vou dizer que ele é meu miracle-baby”.


No dia 29 de dezembro passado, a mãe com seu baby nos braços, acompanhada do marido, saudáveis deixaram o hospital rumo à sua residência nos arredores de Colorado Springs (aproximadamente 65 Km ao sul de Denver). Lá, apesar do atraso, juntamente com seus outros dois filhos K

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

“Sou absolutamente contra o aborto” - Entrevista com Zilda Arns
http://www.cleofas.com.br/virtual/texto.php?doc=ENTREVISTA&id=ent0055

Para Zilda Arns, médica pediatra e sanitarista, “tentar solucionar os milhares de abortos clandestinos realizados a cada ano no País com a legalização do aborto é uma ação paliativa, que apontaria o fracasso da sociedade nas áreas da saúde, da educação e da cidadania e, em especial, daqueles que são responsáveis pela legislação no país”. Ela vê o embrião como um ser humano completo em fase de crescimento “tanto quanto um bebê, uma criança ou um adolescente”. Irmã do cardeal D. Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo, Zilda é também fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, organismos de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Viúva desde 1978, mãe de cinco filhos e avó de nove netos, vem recebendo diversas menções especiais e títulos de cidadã honorária no país. Da mesma forma, a Pastoral da Criança já recebeu diversos prêmios pelo trabalho que vem sendo desenvolvido desde a sua fundação. Formada em Medicina, aprofundou-se em Saúde Pública visando a salvar crianças pobres da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência em seu contexto familiar e comunitário. Compreendendo que a educação revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a marginalidade das crianças, para otimizar a sua ação, desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres.

IHU On-Line – Em que a senhora fundamenta sua posição radicalmente contrária ao aborto?

Zilda Arns - Sou absolutamente contra o aborto. Em primeiro lugar, sou a favor da vida, e fundamento meu ponto de vista não somente na fé cristã, mas também na ciência e em aspectos éticos e jurídicos. Já está comprovado cientificamente que o feto é um ser humano completo, desde a sua concepção e, por isso, tem direito à vida, como defende o artigo quinto da Constituição Brasileira[1] e o artigo segundo do Código Civil[2]. Cabe ao Estado o dever de tutelar e proteger a vida do embrião ou do feto de qualquer ameaça, sob pena de violação dos direitos humanos.

Sou médica pediatra e sanitarista, com mais de 47 anos de experiência em saúde pública. Além disso, estou nos últimos 24 anos à frente da Pastoral da Criança (instituição que acompanha 1,9 milhão de crianças com menos de seis anos, em 42 mil comunidades pobres do país). Por isso, tenho a convicção de que medidas educativas e preventivas são as únicas soluções para o problema das gestações não desejadas. Tentar solucionar problemas, como a gravidez indesejada na adolescência, ou atos violentos, como estupros e os milhares de abortos clandestinos realizados a cada ano no País, com a legalização do aborto, é uma ação paliativa, que apontaria o fracasso da sociedade nas áreas da saúde, da educação e da cidadania e, em especial, daqueles que são responsáveis pela legislação no país. Não se pode consertar um crime com outro ainda maior, tirando a vida de um ser humano indefeso. É preciso investir na educação de qualidade, nas famílias e nas escolas.

É preciso, antes de tudo, refletir. Será que nos países em que esse e outros abortos são permitidos, os jovens e as mulheres estão mais conscientes e têm menos problemas? Esta e outras questões estão relacionadas na carta que enviei, no final de 1997, ao Congresso Nacional como apelo da Pastoral da Criança em defesa da Vida, e artigos publicados em revistas e jornais nos últimos anos. Antes de qualquer coisa, é preciso diminuir a desigualdade social e dar mais oportunidades, principalmente às mulheres mais pobres.

IHU On-Line – Como podemos formular a questão do estatuto do embrião, considerando sua implicação na questão do aborto?

Zilda Arns - O embrião é um SER HUMANO completo em fase de crescimento tanto quanto um bebê, uma criança ou um adolescente. Com a evolução das ciências da reprodução humana, mais especialmente nas últimas duas décadas, não há a menor dúvida de que a vida do SER HUMANO se inicia no momento da concepção. Não se trata de um amontoado de células. Quando se dá o encontro gamético, produz-se a primeira unidade da vida, que contém toda herança genética e todos os requisitos para caracterizar a vida. As novas tecnologias como o ultra-som, o monitoramento do coração do feto, a fetoscopia[3] e a histeroscopia[4], para acompanhar o que se passa no interior do útero, comprovam ainda que o feto resiste e se defende dos agentes externos, que porventura querem lhe tirar a vida. Para quem se interessar, pode confirmar essas informações assistindo ao vídeo Grito silencioso[5], que mostra as reações do feto em um processo de aborto induzido, realizado em um país onde a prática é permitida.

IHU On-Line – Como se caracteriza a abordagem ética do aborto?

Zilda Arns – Existe um princípio de injustiça nessa prática. Mais uma vez, ao invés de consertar o tecido social roto, querem jogar sobre a mulher o pesado fardo da injustiça social, oferecendo-lhe a oportunidade de abortar o filho que veio abrigar-se em seu ventre, filho esse que não planejou ou que foi concebido como conseqüência de um ato violento. Pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) et al, publicadas em 1994, comprovam que crianças mal tratadas, oprimidas, violentadas em seu primeiro ano de vida têm forte tendência a se tornarem violentas e criminosas. Portanto, há de se cuidar do ser humano, desde a gestação, e dar prioridade a atender às crianças pequenas, menores de seis anos, e, mais especificamente, às crianças menores de um ano, somando as forças das famílias, da sociedade e dos governos, para que o tecido social seja forte e preservado. A ética e a moral não são exclusivas da religião. Devem servir de guia para toda a sociedade, incluindo a ciência e a técnica. Não faltam cientistas, juristas e legisladores que, no exercício de seus mandatos e profissões, têm como objetivo maior a defesa e a promoção da vida, a serviço do bem comum.

IHU On-Line – O aborto é um problema que precisa de uma solução, ou ele pode ser uma solução?

Zilda Arns - Felizmente, muitas pessoas comprometidas com o bem-estar das mulheres optam por vestir a camisa da erradicação da pobreza, da miséria e da ignorância que as oprime, principalmente nos países mais pobres. Para gerar desenvolvimento e, por conseqüência, boas condições de saúde e de vida, é preciso investir em educação de qualidade e criar políticas públicas de assistência materno-infantil, de orientação aos adolescentes, às mulheres e às famílias, a fim de que elas tenham melhores oportunidades de estudo e de desenvolverem-se no futuro. A prática de abortos seria um retrocesso da saúde pública, que, ao invés de investir na qualidade de vida da população, passaria a reproduzir uma cultura de incentivo à morte, à violência.

IHU On-Line – Uma lei a favor pode ser a única resposta ao problema do aborto?

Zilda Arns - Sob o ponto de vista de políticas de saúde, seria muito mais humano e econômico à nação investir em qualidade de vida e melhor assistência à saúde do que investir contra o ser humano indefeso. Não se pode eliminar a pobreza por meio da eliminação dos pobres, assim como não se pode eliminar a violência de uma gravidez indesejada mediante outra forma de violência, como é o aborto. Tenho certeza de que nossos deputados e senadores não se deixarão seduzir pela cultura da morte e da corrupção e lutarão pelo respeito à vida e por melhor qualidade de vida para todos. Afinal, o Código Civil, no artigo segundo, afirma: “A personalidade civil do homem começa no nascimento com vida; mas a lei põe a salvo desde a concepção os direitos do nascituro”.

IHU On-Line – Como lidar com a mentalidade abortista, tão presente na sociedade, que banaliza a questão do aborto?

Zilda Arns - Feministas famosas, realmente comprometidas com o bem-estar das mulheres, com o evento das novas tecnologias e conhecedoras profundas do sofrimento humano, deixaram a bandeira do aborto e optaram pela bandeira da erradicação da pobreza, da miséria, da ignorância que oprime as mulheres, principalmente nos países em desenvolvimento. Lembro-me de médicos, tais como o Dr. Bernard N. Nathanson, M.D. co-fundador da Liga Nacional pelos Direitos ao Aborto nos Estados Unidos, e diretor da maior clínica abortista do mundo, responsável por mais de 75 mil casos desse tipo, converteu-se em defensor da vida, devido a um conhecimento mais profundo do ser humano, pelos avanços da ciência e dos aparelhos de tecnologia avançada. Dr. Nathanson convenceu-se da existência da vida humana desde o momento da concepção. Ele advertiu ainda sobre as estatísticas falsas de morte de mulheres em conseqüência de abortos clandestinos. A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) confirma não existir nenhuma pesquisa sobre esse assunto no Brasil, apesar de muitas vezes serem divulgados falsos dados remetendo ao nome da organização.

IHU On-Line – Podemos conciliar a autonomia e a liberdade da mulher com a vida e a defesa do embrião?

Zilda Arns - Trata-se de um princípio de convivência de dois seres humanos. O “outro” é o limite de nossa liberdade. Se a mulher tem direitos e deveres, eles não podem interferir ou impedir o direito à vida de outro ser humano, ou seja, o fato de ela ser gestante de um embrião não lhe possibilita qualquer ação que possa prejudicar a vida dele.

IHU On-Line – O que a senhora pensa sobre o plebiscito da descriminalização do aborto?

Zilda Arns - Hoje estou convencida de que o aborto não é matéria para entrar num plebiscito, porque não se pode votar pela vida ou morte de um ser humano inocente e sem defesas.

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[1] Art. 5º: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. (Nota da IHU On-Line)

[2] Art. 2o: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. (Nota da IHU On-Line)

[3] Fetoscopia: Trata-se de um procedimento onde se associa a ultra-sonografia e a videolaparoscopia, com o objetivo de se visualizar diretamente o feto, no interior da cavidade amniótica. Esse procedimento também é conhecido como cirurgia endoscópica fetal. (Nota da IHU On-Line)

[4] [4] Histeroscopia: a Vídeo-histeroscopia é um método que oferece uma imagem direta, tridimensional dos órgãos internos sem que haja intervenção cirúrgica. A histeroscopia é método que já permite ao médico analisar diretamente a cavidade uterina da paciente e encontrar alterações que, sob outros meios, estariam quase ocultas. A técnica pode ser feita em ambulatório. (Nota da IHU On-Line)

[5] Disponível em: http://www.silentscream.org/silentsc_port.html (Nota da IHU On-Line)

(Fonte: http://www.unisinos.br/ihu)
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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Igreja Unida, voz de Deus e do povo, vida sim, aborto nunca!!

Lula vai retirar proposta sobre descriminalização de aborto

De Gerson Camarotti:
Preocupado com a forte reação da Igreja Católica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também considerou um erro a inclusão no Programa Nacional dos Direitos Humanos da intenção do governo de apoiar a aprovação do projeto de lei que "descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos". Além de mandar alterar o trecho sobre a Comissão da Verdade, Lula vai determinar ao ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, a exclusão desse trecho do programa.
Para Lula, o tema aborto só deve ser tratado pelo governo como questão de saúde pública. Assim, o governo deve dar garantia de acesso aos serviços de saúde para casos de aborto previstos em lei. A mudança nesse item será uma forma de amenizar o desgaste junto à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Em maio de 2007, na visita do Papa Bento XVI ao Brasil, o próprio Lula chegou a afirmar que o seu governo não enviaria qualquer projeto ao Congresso que permita a legalização do aborto. Na ocasião, ele acrescentou que a discussão sobre esse tipo de assunto polêmico cabe ao Congresso, e não é iniciativa do governo. Durante a visita ao Brasil, Bento XVI condenou o aborto.
A posição cautelosa de Lula ocorre uma semana depois de o secretário-geral da CNBB, dom Dimas Lara Barbosa, dizer que considera uma demonstração de intolerância o Programa de Direitos Humanos sugerir que não sejam usados símbolos religiosos, como crucifixos, em repartições públicas. O religioso chegou a afirmar que é infiltração de uma "mentalidade laicista" no texto e acrescentou que ter direitos humanos é ter liberdade religiosa.
Nos bastidores, o governo já começou a atuar para diminuir a crise com a Igreja Católica. Integrantes da CNBB receberam recados do chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho, de que o governo vai analisar os pontos criticados pela Igreja no Programa Nacional de Direitos Humanos. De forma reservada, alguns bispos advertiram integrantes do governo de que esse tipo de atitude poderia ter reflexos políticos e um posicionamento mais crítico da Igreja em ano eleitoral.

http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?t=lula-vai-retirar-proposta-sobre-descriminalizacao-de-aborto&cod_Post=256785&a=111


"Assim que é concebido, um homem é um homem" (Prof. Jerôme Lejeune, Pai da Genética Moderna).

"O aborto não é, como dizem, simplesmente um assassinato. É um roubo... Nem pode haver roubo maior. Porque, ao malogrado nascituro, rouba-se-lhe este mundo, o céu, as estrelas, o universo, tudo. O aborto é o roubo infinito". (Mário Quintana)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Bispos reagem a propostas de descriminalização do aborto e união civil homossexual

Hoje na CBN falaram sobre a inconstitucionalidade de muiots objetivos
desse plano de direitos humanos de Lula.

Igreja também critica plano de direitos humanos de Lula

Folha de S. Paulo, 8 de janeiro de 2010.

Bispos reagem a propostas de descriminalização do aborto e união civil
homossexual

"Vemos nessas iniciativas uma atitude arbitrária e antidemocrática do
governo Lula", afirma o bispo d. José Simão: "A igreja é contra"

RAFAEL CARIELLO
DA EQUIPE DE EDITORIALISTAS

O 3º Programa Nacional dos Direitos Humanos, qualificado por
comandantes militares como "insultuoso, agressivo e revanchista" em
relação às Forças Armadas, tem provocado também reações de
descontentamento e críticas ao governo do presidente Lula em setores
da Igreja Católica.
Bispos, padres e católicos ligados a movimentos pró-vida reagem a
quatro artigos do documento tornado público no mês passado. Os itens
propõem ações coordenadas de governo para apoiar "a aprovação do
projeto de lei que descriminaliza o aborto", "mecanismos para impedir
a ostentação de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos", "a
união civil entre pessoas do mesmo sexo" e "o direito de adoção por
casais homoafetivos".
A defesa desses valores é tão ofensiva a setores da Igreja Católica
quanto foi, para os militares, a proposta de se criar uma "comissão
nacional da verdade", também contida no programa, com o objetivo de
examinar as violações de direitos humanos praticadas durante a
ditadura (1964-1985).

Atitude arbitrária
"Vemos nessas iniciativas uma atitude arbitrária e antidemocrática do
governo Lula", afirma d. José Simão, bispo de Assis (SP) e responsável
pelo Comitê de Defesa da Vida do Regional Sul-1 da CNBB (Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil), que congrega as dioceses do Estado de
São Paulo.
D. José declara que essa insatisfação é compartilhada por outros
bispos brasileiros: "A igreja é contra. É claro que os arcebispos, os
bispos são contrários [ao documento]".
Ele afirma que tem entrado em contato com outros religiosos e que
trabalha para articular um manifesto da igreja no Brasil em repúdio às
medidas defendidas pelo programa de direitos humanos: "Pretendemos
reunir, na primeira oportunidade, alguns bispos para discutir essa
questão".
O objetivo de d. José é conseguir uma declaração da CNBB sobre o tema,
mas há bispos, mesmo entre aqueles que compartilham de sua indignação,
que preferem não bater de frente com o Planalto. Vários religiosos e
setores da igreja são aliados tradicionais da esquerda e do PT em
outras causas defendidas no documento.
Grupos contrários ao aborto também têm se articulado para tentar fazer
frente ao programa de direitos humanos. Maria Dolly Guimarães,
presidente da Federação Paulista dos Movimentos em Defesa da Vida,
afirma que leigos têm escrito aos bispos pedindo que a igreja se
manifeste sobre o tema.
"Matar uma pessoa não pode ser visto como direito humano", ela diz.
"Esse texto pretende fazer o bem virar mal, e o que é mal virar bem.
Na minha opinião, que não é ainda a opinião da igreja, deveríamos
fazer uma campanha para conscientizar o povo brasileiro."
"Creio que o ambão [púlpito de onde se fazem as leituras da Bíblia e
de onde o padre pode fazer o seu sermão aos fieis] vai começar a agir
mais", declara.
Contatada, a Secretaria Especial de Direitos Humanos não se manifestou.

--
Patrícia Bernardo