Fui comunicada do nascimento do Miguel quando ele tinha 3 dias de vida, e soube da anencefalia também.
Entramos em contato com a mãe, que prontamente autorizou o batismo de seu filho, naquele mesmo dia.
Pra glória de Deus , o Miguel foi batisado dentro do hospital ainda, e sua mãe recebeu todo apoio dos amigos, família e de nós pro-vidas.
A todo momento eu fazia questão de dar a ela parabéns pela atitude de dizer sim ao filho, e permitir que ele nascesse , apesar de condições tão difíceis pra se lidar.
Mas a mãe do Miguel, em nenhum momento mostrou -se arrependida de ter dado a luz ao filho , apesar de ser uma criança muito especial.
E que exemplo de mãe!! Pude conversar com ela todos os dias, primeiro para dar a ela todo apoio necessário e força pra continuar no caminho, na luta de ir diariamente da sua casa, de ônibus, para o hospital. Numa viagem que levava umas 2 horas, ainda com pontos da cesárea recente.
E a todo momento que eu conversava com a mãe, quem saía renovada e motivada para o dia a começar, era eu.
Ela sempre passou muita firmeza e o que ficou muito nítido, foi o amor que ela manifestava pelo filho.
Um exemplo verdadeiro de mãe, ao lado do filho em todos os momentos.
O Miguelzinho viveu estes 15 dias após o nascimento, ,sendo que nos primeiros 5 dias respirou sozinho, sem auxílio de aparelhos, o que ja foi considerado um milagre.
Depois disso permaneceu entubado e com auxílio para a respiração.
Mas o que me comoveu muito em toda esta história foi o posicionamento da mãe do bebê.
Ela disse que soube da situação do filho, no 5º mês de gestação e foi orientada por médicos a abortar, mas ela em nenhum momento pensou nisso e sempre dizia que não se arrependia de ter tido ele.
Ela disse que durante a gestação , estudou sobre o assunto e estava preparada pra que fosse curtir o filho o tempo que ele estivesse com ela.
E assim , foram esses dias de dedicação exclusiva de mãe leoa indo ver o filhinho querido.
E pra ela, como mãe, ela disse algumas vezes: pra mim, meu filho é perfeito!
Ela realmente estava cheia da graça de Deus e pôde acompanhar estes momentos do filho com alegria e esperança.
Foi contagiante conviver com esta mãe exemplo pra todos nós, que vivemos num mundo em que muitas mulheres gestam bebês saudáveis e mesmo assim se dizem no direito de querer matá-los, enquanto que o Miguelzinho, mesmo com anencefalia, sendo muito especial, foi amado desde o início pela família.
Miguelzinho, interceda por nós no céu.
Ana
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