Vida, bem maior dado por Deus
18 de fevereiro de 2010
Leanna Scal
Ninguém tem o direito de decidir sobre a vida do outro, seu começo e seu término, ninguém, a não ser Deus, o autor da vida. Defendê-la e valorizá-la tem que ser uma constante da nossa atitude de cristãos. Em meio um turbilhão de notícias contra a vida humana, vale ressaltar quem, com todas as dificuldades, ama viver e vive o amor.
Sonia Marmolejos é um exemplo de humanidade. Ela deixou em sua casa um bebê recém-nascido, pegou um transporte público e foi até o hospital Dário Contreras, na República Dominicana, para amamentar bebês haitianos vítimas do terremoto. A mãe dominicana alimentou mais de 20 bebês que estão com traumatismo craniano.
Este ato de amor e solidariedade partiu de uma mulher que, acima de tudo, é mãe. De acordo com o Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, membro da Pastoral para a Vida e a Família - CNBB e médico, Dom Antonio Augusto Dias Duarte, ninguém pode imaginar o que se passa em uma mulher quando ela se torna mãe.
Um exemplo muito profundo, destacado pelo Bispo, foi retirado do livro “Não os mudaria por nada” - um testemunho da australiana Leisa Whitaker, que nasceu com nanismo. Primeira de sete irmãos é a única com a doença, mas foi educada e amada como todos os outros irmãos. Na infância, ela não teve nenhum problema atribuído à doença e essa experiência positiva lhe favoreceu a decisão de ter filhos.
Leisa conheceu, em um acampamento para adolescentes de baixa estatura, um rapaz por quem se apaixonou e engravidou antes de casar. Em nenhum momento teve dúvidas: ela quis ter o filho, embora não tivesse maturidade suficiente para gerar uma família. “O especialista nos indicou o aborto, pediu que pensássemos se queríamos trazer outro neném anão ao mundo. Mas era o nosso filho, porque não íamos querê-lo?”, questiona a australiana em seu relato.
Dom Antonio diz que o que mais o chamou à atenção foi o amor que ela tem pela vida. Depois teve ainda mais três filhos, todos com nanismo. E se diz apaixonada por eles.
- Uma mulher que deseja ter filho e leva sua gravidez até o fim se realiza mais na sua feminilidade. Uma mulher que não quer ter um filho e quando descobre a gravidez opta por um aborto, essa mulher não está apenas tirando um filho, ela está tirando uma parte muito forte do seu ser, disse Dom Antonio.
É muito forte o testemunho de mães, seja de filhos desejados ou não. Este amor é incondicional, explicou a professora Maria Lúcia Teixeira, 57 anos, que tem um casal de filhos - a menina, com Síndrome de Down.
- Ter um filho especial requer mais dedicação e isso fez aflorar ainda mais o meu instinto mãe. Eu nunca pensei em desistir da minha filha, ela é o bem mais precioso que tenho, disse emocionada a professora.
Maria Lúcia participa de vários movimentos a favor da vida e luta para dar voz à Igreja Católica. Dom Antonio deixa claro que quando a Igreja defende a vida, está defendendo a vida da mulher e da criança.
- Interromper uma gravidez, uma vida que está começando, não é interromper só um processo biológico, mas interromper um processo pessoal, afirmou o Bispo.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
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