sexta-feira, 31 de julho de 2009

Filho descartado em pote de maionese

Jovem de 19 anos pratica aborto e é presa em busca de ultrasonografia em um hospital, (30/7/2009) - Miseria.com.br

Fotos: Cícero Valério

Um feto com três meses de gestação foi encontrado dentro de um vidro de maionese nas proximidades do loteamento Royal Ville às margens da rodovia que liga os municípios de Juazeiro do Norte e Barbalha/CE. O achado foi comunicado à polícia e o delegado Luiz José Tenório de Brito passou a investigar para identificar quem era a parturiente. O feto se encontrava em um local ermo para onde tinha sido levado, a fim de ser sepultado. O delegado passou a monitorar a expedição de exames de ultrasonografia. Foi quando localizou no Hospital São Vicente de Paulo, Eliete dos Santos Alves, de 19 anos, que confessou o crime. Ela mora no Sítio Mata, zona rural de Barbalha, e disse ao delegado Tenório de Brito que havia tomado comprimidos Citotec na noite de terça-feira com a finalidade de provocar o aborto. Com a consumação do crime, a jovem pediu a irmã menor para providenciar o sepultamento o que iria ser feito sob um pé de Juazeiro e a mesma foi acompanhada de uma colega. O detalhe é que um homem, residente no Bairro João Cabral em Juazeiro, viu um mototaxista chegar com as duas e o feto dentro de uma caixa para sepultar.
Após ouvir a confissão, o delegado deu voz de prisão a Eliete que vai responder o Artigo 124 que versa sobre provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque. O crime prevê pena de detenção de 1 a 3 anos, mas é afiançável. Por enquanto, a polícia respeita o resguardo da jovem e o procedimento de curetagem para evitar problemas clínicos posteriores. CITOTEC - O Citotec foi desenvolvido não para provocar abortos, mas produzir contrações no útero quando era necessário apressar o parto ou expulsar um feto já morto do útero de uma gestante. Dez anos após, descobriu-se princípio ativo no tratamento de úlcera, deixando de ser utilizado apenas para produzir contrações no útero a fim de apressar o parto e passou a ser comercializado para tratar úlceras. Com o passar dos tempos, algumas pessoas descobriram que ele provocava o aborto, inclusive porque o fabricante escrevia na própria bula do remédio que este era contra-indicado para mulheres grávidas dado o risco de poder provocar um aborto.

O remédio passou aos poucos a ser comprado, sem orientação médica, não mais para úlcera e sim provocar o aborto, embora o laboratório desaconselhasse o seu uso no caso de gestantes. O Citotec não age sobre o próprio feto, apenas provoca a sua expulsão. O feto morre não por ter sido agredido, mas porque, se ele tem menos de seis meses, ao ser expulso morre asfixiado. Embora o feto tenha os pulmões formados a partir do primeiro mês de gestação, antes dos seis meses e fora do útero pode inalar o ar mas o oxigênio não consegue passar dos alvéolos para o sangue. O feto morre ao ar livre por asfixia, exatamente como ocorreria com uma pessoa que fosse estrangulada.

http://www.ccr.org.br/a_noticias_detalhes.asp?cod_noticias=7103

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