terça-feira, 23 de junho de 2009 (ZENIT.org).- Os bispos católicos da Inglaterra expressaram sua oposição a uma norma que permitiria a publicidade do aborto e dos contraceptivos na mídia do Reino Unido.Os bispos assinalam em um manifesto que o aborto “não é remédio nem produto de consumo. Apresentá-lo como tal corrompe o respeito à vida e é altamente enganoso e danoso para as mulheres, que podem se sentir pressionadas a uma decisão rápida que nunca poderá ser desfeita”.
Os prelados recordam que a lei no Reino Unido “não permite o aborto sob demanda e não há ‘direito’ a fazer aborto. O aborto é ilegal no Reino Unido a menos que dois médicos atestem que a mulher satisfaz critérios específicos de isenção, segundo a Lei do Aborto de 1967”.
Por isso, indicam, “permitir publicidade audiovisual de serviços que remetem as mulheres ao aborto seria enviar uma mensagem profundamente enganosa sobre a base de que o aborto é legalmente acessível”.
Os bispos alegam que “permitir a publicidade audiovisual sobre os serviços de aborto contribuiria a uma ulterior ‘normalização’ do aborto e sua assimilação como um serviço de consumo”.
Acrescentam que permitir esta publicidade é “permitir a promoção da exploração destes serviços e não está no interesse da saúde ou bem-estar psicológico das mulheres”.
Os bispos ingleses consideram que proporcionar referências ao aborto “não deveria ser parte central da orientação sobre a gravidez”. “É a ajuda a ter um filho que deveria ser o foco central dessa orientação.
Além disso, os bispos se mostram preocupados pelo fato dos anúncios de contracepção se dirigirem aos menores, entre 10 e 16 anos. “Afirmam que é profundamente inadequado anunciar preservativos a crianças.”Em conclusão, os bispos afirmam que “nossa sociedade já fracassa junto dos mais jovens ao apresentar-lhes uma visão empobrecida do sexo, frequentemente separada de qualquer contexto de amor comprometido e disposição à paternidade”.
“O respeito à vida, ao sexo e à paternidade são centrais para uma sociedade sã. As peças publicitárias deveriam refletir isso”.
(Nieves San Martín)
sexta-feira, 31 de julho de 2009
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