Na última segunda-feira, dia 21/03/2011, a OAB-Niterói ofereceu ao público um debate para esclarecer questões sobre o aborto no Brasil. Este evento intitulado de “Aborto: o paradoxo entre o direito à vida e a autonomia da mulher” estava dentro de uma agenda preparada pela instituição para comemorar o Dia Internacional da Mulher.
O evento organizado pela OAB, deveria até pelo renome dado à instituição, prever um debate onde houvesse equilíbrio entre as partes debatedoras. Mas isto não ocorreu, pois na mesa debatedora havia nada mais que 4(quatro) debatedoras favoráveis ao aborto (da ala feminista), e 1(um) contrário ao aborto (Padre Anderson).
A presidente da mesa informou ao final, que não havia como saber o teor dos argumentos utilizados pelos debatedores, e que por isso não era intenção fazer um debate que favorecesse a ala que defende o aborto.
Só ela mesma para pensar que o público presente acreditaria.
Não duvido até pelo histórico maquiavélico de outros debates, que formar uma mesa onde se encontram 5(cinco) mulheres (4 debatedoras + 1 presidentA de mesa) e um padre, não foi coincidência. Basta pesquisar os nomes das feministas no google, para concluirmos de que lado estão.
Pela desproporção, era muito provável que seria visto no debate o “fuzilamento do Padre”, afinal a instituição que mais têm se manifestado como contrária ao aborto é a Igreja Católica.
Mas amigos, pela graça divina, não foi isso que vimos.
Inicialmente foi apresentado ao público os palestrantes, por ordem no debate: a Antropóloga Sônia Correa, a Historiadora Ismênia Martins, o Padre Anderson, a Médica Maria do Espírito Santo (Santinha), e uma acessora de Jandira Feghali.
Entre as regras apresentadas, havia aquela que definia o tempo de cada debatedor. O tempo limite para cada um seria de 10 minutos prorrogáveis por mais 5 minutos.
As duas primeiras debatedoras foram extensamente favoráveis à descriminalização do aborto no Brasil. A antropóloga traçou a luta feminista no Brasil, desde as décadas de ditadura. Lembrou ainda casos onde a morosidade da justiça “infelizmente”, pasmem, “infelizmente” permitiu que a mulher tivesse o filho.
Logo depois a historiadora narrando fatos desde a época do Brasil Império, quis provar que a luta pelo aborto é um direito. Posteriormente, lembrando inclusive cenas de uma novela atual da rede globo, chamou de hipócritas os contrários a prática do aborto, sob o argumento de que há clínicas clandestinas que fazem aborto, e que muitos sabem onde elas se encontram. A lógica utilizada pela historiadora, era que mesmo criminalizando o aborto, ele ocorre.
Posteriormente foi dada a palavra ao Padre Anderson, que argumentou perfeitamente, inclusive dentro do tempo proposto. Sua conclusão magistral citou o julgamento Roe versus Wade de 1973. Para quem não sabe foi um julgamento na Suprema Corte dos EUA, onde a jovem Roe requereu em juízo o direito para abortar. O interessante é que os argumentos utilizados (levando a crer de que o feto não é pessoa) foram os mesmo utilizados no século anterior, em 1857, na sentença “Dred Scott” que havia declarado que o negro não era pessoa.
Após sua belíssima explanação, o auditório aplaudiu com entusiasmo por um grande período.
Parece que isso enfureceu a debatedora seguinte.
De forma intimidadora e sem compostura, iniciou relatando sua origem católica, e sua atual condição de anticatólica. Veementemente citou que por anos os grupos feministas rodeiam a barriga da mulher, mas não conseguem tomar posse do que é delas de direito. Como se a criança no ventre fosse um nada.
Ela continuou sua colocação de forma furiosa, mas com certeza foi “um tiro no pé”. Sua colocação se estendeu em demasia levando o público presente a manifestar-se contrariamente, inclusive exigindo direito de resposta ao Padre. A presidente da mesa pediu desculpas ao público e passou a palavra para a próxima debatedora.
A debatedora seguinte se ateve ao limite de tempo, porém como sempre acontece apresentou os famosos dados estatísticos que elas tiram não sabemos de onde.
Ao final, o Deputado Márcio Pacheco, advogado, e membro da frente parlamentar em defesa da vida no Rio, pediu a palavra para manifestar seu desconforto em ver um debate promovido pela OAB, onde a parcialidade era visível.
1(uma) hora dada para os favoráveis à descriminalização do aborto e 15(quinze) minutos para os que são contra. Ele disse em alto tom, que entrará oficialmente com uma representação solicitando novo debate.
O pior de tudo foi verificar que diante dos nossos olhos, na primeira fila, estavam os médicos Dr. Herbert Praxedes e Dr. Dernival Brandão, que não foram convidados para o debate, e que em nenhum momento foi lhes dada a palavra para esclarecer fatos concretos como médicos e especialistas que são.
A conclusão que podemos tirar do debate, é a fundamental importância do público presente. Poderia ter acontecido que não havendo manifestações o debate ocorreria conforme planejado, ou seja, o estereótipo montado na mesa debatedora, onde um homem, padre, logo “A Igreja Machista” mais uma vez perseguia os direitos femininos.
Segundo até relato do próprio Padre Anderson após o debate, o público presente demonstrou a opinião da sociedade. O público presente não fora formado apenas de homens ou da cúpula da Igreja. Havia homens e mulheres, jovens e idosos, advogados e outros profissionais, ou seja, era um auditório heterogêneo que em sua maioria era desfavorável ao aborto, e que não aceitou engolir goela abaixo os argumentos mais uma vez fracos, ou melhor, fraquíssimos e por vezes infundados daqueles que defendem ao aborto.
Unamos forças para que num futuro debate, aqueles que defendem a vida estejam presentes, e quando necessário manifestem contrariedade aos argumentos apresentados.
Termino nossa postagem com um relato recebido por e-mail, de Márcio Mureb que também esteve no debate:
Acabei de voltar do debate sobre o aborto na OAB/Niteroi. Padre Anderson arrasou!!!! Pensei que ele não tivesse muito conhecimento sobre o assunto, mas para a minha surpresa tratou deste com grande genialidade utilizando sobremaneira, o ponto de vista cientifico, medico e juridico com muita segurança. Fez algumas pontuações históricas sobre a valorização da mulher pela igreja católica durante os dois mil anos de existência e mostrar por A+B que antes, as outras civilizações tratavam a mulher como um ser inferior e que ninguém como a própria Igreja lutou e luta tanto pela dignidade da mulher, fazendo contraponto com os meios de comunicação que, ao contrário utilizam a imagem da mesma como objeto de consumo, aviltando a sua dignidade.
O padre Anderson tem uma postura elegante nos gestos e na maneira de falar, com ótima entonação de voz e foi um cavalheiro, mostrando presença e mantendo-se sempre tranquilo sem demonstrar nenhum sinal de irritação, nervosismo ou antipatia para com as outras debatedoras a ponto de percebermos um certo constrangimento das, vamos dizer assim, moças, que ali tentavam em vão vender o seus peixes. Um verdadeiro gentleman.
Acho que 95% do auditório era pro-vida.
Tinha um jovem deputado estadual da frente parlamentar pro-vida, que agora não lembro o nome, no final do debate interveio junto a presidente da mesa, reclamando da desigualdade, porquanto não havia um equilibrio de forças, pois tinham quatro abortistas contra um pro-vida. Pediu que fosse feito outro debate em pé de igualdade, o que a presidente disse encaminhar a diretoria. Foi muito aplaudido. Nem precisava, só o padre Anderson deu conta das quatro sozinho com os pés nas costas.
Uma mocinha que estava na minha frente, não se conteve quando uma debatedora passou do tempo dela, sem que a presidente da mesa fosse firme, e levantou-se e foi para a frente com dedo em riste pedindo direito de resposta para o padre. Êta! Menina valente!
Uma outra debatedora trouxe um datashow apresentando, voces sabem, aqueles graficos com um monte de numeros e dados estatisticos falsos. Tio Dernival não se fez de rogado, interveio maravilhosamente, desmascarando a moça, que ficou com uma cara de pateta.
Foi muito bom!
A Paz!
Sancte Michael Archangele, defende nos in prælio. Amen.
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