sexta-feira, 16 de abril de 2010

pela vida

Mortalidade materna e infantil é violação aos direitos humanos, diz Rosalba

"Existe maior violação ao direito humano do que uma mulher chegar para ter seu filho e, na hora do parto, morrer por falta de oxigênio?" Com essa pergunta a senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) fez uma reflexão sobre a descriminalização do aborto, um dos temas da exposição do ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em audiência promovida nesta quinta-feira (8) por seis comissões do Senado.
A senadora lembrou que o ministro ressaltou na audiência que a descriminalização do aborto é uma questão de saúde pública, porque muitas mulheres morrem por recorrer a clínicas ilegais. Rosalba citou outros "problemas de saúde pública" e de violação dos direitos humanos que acontecem em várias regiões do país.
- Existe maior violação ao direito humano do que ver o filho que você desejou não sobreviver porque faltou leito de UTI? Existe maior violação ao direito humano do que milhares e milhares de mulheres morrendo, todo ano, quando isso poderia ter sido evitado por um pré-natal que lhes desse, pelo menos, o direito de fazer os exames necessários?
A senadora disse saber de casos de mulheres que precisam fazer uma simples ultrassonografia para prevenir a morte durante o parto, mas, quando o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece o atendimento, a paciente já morreu por complicação. Ela considerou vergonhosa para o país a mortalidade materna, um dos problemas com cujo combate o país se comprometeu, ao assinar as Metas do Milênio.
Rosalba disse temer que a liberação do aborto tenha, no SUS, o mesmo destino da laqueadura de trompas: quem pretende fazer esse tipo de cirurgia enfrenta grande filas nos hospitais públicos.
- Vai liberar o aborto? Cadê as condições para fazer esse tipo de aborto? Vai ser muito bom para quem possa botar uma clínica particular. Vai aparecer o convênio, vai aparecer tudo para banalizar cada vez mais a vida e tirar lucros.
A senadora considerou a educação a forma mais correta de defender a vida das mulheres. Quanto mais alto o nível de educação das mulheres, "menos elas chegam ao extremo de colocar em risco sua vida e tirar a vida de uma criança que está nascendo", enfatizou.
Da Redação / Agência Senado

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