segunda-feira, 29 de junho de 2009

Bebê sobrevive após desligarem aparelhos


24/06/2009 - 06h35
Bebê britânico sobrevive após desligamento de respirador artificial
http://noticias.uol.com.br/bbc/2009/06/24/ult5022u2492.jhtm

Um bebê que estava morrendo de meningite surpreendeu os médicos ao sobreviver depois que o respirador artificial que usava foi desligado.

Os especialistas deram a Grace Vincent uma chance de sobrevivência de um por cento depois que ela contraiu a doença com apenas seis semanas de vida.

Vincent passou quatro dias em terapia intensiva antes que seus pais, Pete e Emily, decidissem que o equipamento que garantia sua sobrevida deveria ser desligado.

Mas, quando aguardavam sua morte ao lado do berço no Hospital Geral de Newcastle, viram com surpresa que Grace começou a respirar sozinha.

O bebê está se recuperando em casa, na cidade de Newcastle, no norte da Inglaterra, desde terça-feira.

A mãe do bebê, Emily Ashurst, de 26 anos, disse que Grace nasceu sem complicações no dia 3 de abril. O pai, Pete Vincent, um fuzileiro naval da Marinha britânica de 26 anos, tinha voltado do Afeganistão, onde forças britânicas participam da coalizão liderada pelos Estados Unidos, e estava se ambientando à vida de volta na Inglaterra, quando a filha ficou doente.

"A decisão de desligar a máquina foi baseada no que os médicos estavam nos dizendo", afirmou Vincent, segundo o jornal britânico The Daily Telegraph. "Os resultados dos testes eram muito ruins então nós pensamos que seria melhor para ela. Eles nos disseram que ela daria umas últimas respiradas." "Mas ela continuou respirando pelas próximas seis horas. Seis meses no Afeganistão foram fáceis em comparação a isto." Grace foi hospitalizada no dia 16 de maio com uma infecção de estreptococos do grupo B, que causa meningite e, de acordo com reportagem do Daily Telegraph, pode matar um em cada oito bebês.

Ki Pang, neurologista do Hospital Geral de Newcastle, disse que a sobrevivência do bebê foi "uma feliz surpresa", segundo o Daily Telegraph. "Quando Grace veio ao hospital foi óbvio para todos que ela era de fato um bebê extremamente doente." "Nós tivemos que dar a ela (...) uma máquina para ajudar a respirar, drogas para manter o coração batendo e havia sinais de que os órgãos estavam falhando." "Depois que foi tomada a decisão de suspender a sustentação (artificial) da vida ninguem achou que ela iria sobreviver", disse o médico, segundo o jornal britânico.

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